Textualidades do contemporâneo em Manhã cinzenta, de Olney São Paulo e Ser tão cinzento, de Henrique Dantas

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Antonia Cristina de Alencar Pires
Gustavo Tanus
Filipe Schettini

Resumen

Diferentes são os modos como os textos se configuram e se relacionam uns com os outros, através de movimentos pertencentes a conceitos, de dialogismo/polifonia, de Bakhtin (1ª ed. 1929; 1997), de intertextualidade, de Julia Kristeva (1974), e pelas conexões intermidiáticas, estudadas por Irina Rajewsky (2012) e Clüver (2006). Nesse sentido, pretendemos analisar o conto “Manhã cinzenta”, escrito em 1966, que compõe o livro A antevéspera e O canto do sol (1ª ed. 1969; 2016) e o filme homônimo (1969), ambos de Olney São Paulo, juntamente com o documentário Ser tão cinzento (2011), de Henrique Dantas, buscando observar as conexões entre a palavra literária e a imagem cinematográfica; e, a partir desses conceitos, o trânsito/transe entre elas. Relacionamos à noção de contemporâneo de Agamben (2009), e a percepção do tempo fraturado e circular, cujo movimento de adesão e distanciamento, permite observar as continuidades e retomadas do jogo do poder, reforçadas pelas relações intertextuais/intermidiáticas dos textos analisados.



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Antonia Cristina de Alencar Pires
Gustavo Tanus
Filipe Schettini
Biografía del autor/a

Antonia Cristina de Alencar Pires, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais

Doutora em Literatura Comparada pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Literatura Brasileira pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais. Bacharel em Biblioteconomia pe la Escola de Ciência daInformação da UFMG. Cofundadora, coordenadora e pesquisadora do Moviola –grupo de pesquisas intersemióticas/intermídias: travessias entre Cinema, Literatura e outras áreas. Técnica de Gestão, Proteção e Restauro do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais –IEPHA/MG.

Gustavo Tanus, Universidad Federal de Minas Gerais

Doutorando em Estudos da Linguagem/Literatura Comparada (UFRN). Mestre em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela UFMG, Bacharel e Licenciado em Português e Bacharel em Edição por esta mesma universidade. Pesquisador e integrante da comissão editorial do literafro –portal da literatura afro-brasileira, Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade (NEIA/UFMG). Cofundador e pesquisador do Moviola –grupo de pesquisas intersemióticas/intermídias: travessias entre Cinema, Literatura e outras áreas.

Filipe Schettini, Centro Universitário UNA

Cineasta. Codiretor, corroteirista e autor da trilha sonora do curta de ficção Noturno interlúdio; diretor e editor do curta documentário Arcângelo. Graduando do curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário UNA. Cofundador e pesquisador do Moviola grupo de pesquisas intersemióticas/intermídias: travessias entre cinema,literatura e outras áreas. Ministra aulas de Processos Gerenciais para colaboradores em empresa farmacêutica.

Pires, Antonia Cristina de Alencar, Gustavo Tanus, y Filipe Schettini. 2018. «Textualidades Do contemporâneo Em Manhã Cinzenta, De Olney São Paulo E Ser tão Cinzento, De Henrique Dantas». Amoxtli, n.º 1 (agosto). Santiago, CL:63-81. https://revistas.uft.cl/index.php/amox/article/view/173.

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