Revista de Educación Religiosa, volumen III, nº 3, 2025, DOI 10.38123/rer.v3i3.557
Elza Ferreira da Cruz1
elzaferreiradacruz@gmail.com
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Brasil
Resumo
Jesus Cristo é a plenitude da revelação cristã, é o transbordamento da comunhão de amor trinitária oferecida aos homens, como graça. O acolhimento dessa graça transforma vidas, renova ações e mentalidades, liberta. A revelação cristã é libertação dos limites, das angústias, das injustiças, dos medos, é a salvação para a humanidade. A catequese, ação educativa da fé, anuncia a pessoa Cristo, nossa esperança, em meio ao mundo repleto de luzes e sombras. Como transmissora da revelação, a catequese se torna ação libertadora para a pessoa humana, a força do anúncio revelador renova a catequese e impulsiona a ação libertadora-salvífica que transforma o ser humano. O agir da catequese como anunciadora da Pessoa Cristo se desenvolve com uma pedagogia do encontro, mais dialogal, orante, experiencial, profética. No entanto, apesar dos avanços, ainda temos muito a caminhar. Pretendemos refletir sobre a necessidade de a catequese aprofundar a sua ação libertadora da pessoa humana como transmissora da Revelação, apresentando perspectivas e desafios. O documento Catequese Renovada da Igreja do Brasil, 1983, é o fio condutor da nossa pesquisa pois apresenta a complexidade da catequese no processo integrador entre fé e vida. A pesquisa é bibliográfica, com metodologia indutiva, a partir da análise de documentos magisteriais, além de livros, artigos na área da teologia sistemático-pastoral.
Palavras-chave: catequese, revelação, libertação
Resumen
Jesucristo es la plenitud de la revelación cristiana, es el desbordamiento de la comunión trinitaria de amor ofrecida a los hombres como gracia. La acogida de esta gracia transforma vidas, renueva las acciones y las mentalidades, libera. La revelación cristiana es liberación de las limitaciones, de la angustia, de la injusticia, de los miedos, es la salvación de la humanidad. Dios es amor salvador y quiere salvar a todos. La catequesis, la acción educativa de la fe, proclama a la persona Cristo, nuestra esperanza, en medio de un mundo lleno de luces y sombras. Como transmisora de revelación, la catequesis se convierte en una acción liberadora para la persona humana, la fuerza del anuncio revelador renueva la catequesis y da impulso a la acción liberadora-salvífica que transforma al ser humano. La acción de la catequesis como heraldo de la Persona Cristo se desarrolla con una pedagogía del encuentro, más dialógica, orante, vivencial, profética. Sin embargo, a pesar de los avances, aún nos queda mucho camino por recorrer. Pretendemos reflexionar sobre la necesidad de que la catequesis profundice su acción liberadora de la persona humana como transmisor de la Revelación, presentando perspectivas y desafíos. El documento Catequesis renovada de la Iglesia de Brasil es el hilo conductor de nuestra investigación debido a la complejidad de la catequesis en el proceso de integración entre fe y vida. La investigación es bibliográfica, con metodología inductiva, basada en el análisis de documentos magisteriales, así como de libros, artículos en el área de la teología sistemática-pastoral.
Palabras clave: catequesis, revelación, liberación
A catequese do século XVI até a metade do século XX se caracterizava por uma pedagogia racional-intelectiva, centrada em catecismos, compêndios da doutrina cristã, em geral com perguntas e respostas sobre as verdades da fé, mandamentos, normas, necessários para a salvação, com uma metodologia de exposição, memorização e aplicação à vida desses sumários (Alberich, 2004, p. 81). Esse tipo de catequese se enquadrou-se na época da cristandade, no entanto, a partir da segunda metade do século XX, com as transformações na Europa, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, o quadro político-econômico-social começa a sofrer fortes mudanças que irão desembocar em um novo momento histórico no qual Deus sai cada vez mais do espaço público, emergindo a laicidade do estado.
Já no fim do século XIX, externa-se um movimento de insatisfação com esse modelo catequético e começa a se desenvolver uma intensa reflexão, através de ideias e ações conjuntas que visavam repensar e modificar as ações catequéticas, é o denominado ‘movimento catequético’, que trará impactos pedagógico, litúrgico e teológico-pastoral sobre a catequese (Alberich, 2004, p. 84). Essas ideias bem como de outros movimentos desembocarão no Concílio Vaticano II e modificarão a vida da Igreja:
O Concílio Vaticano II foi fruto maduro de um vasto movimento de renovação da Igreja vivenciado desde o final do século XIX e início do século XX. A renovação teológica, litúrgica, espiritual, ecumênica, patrística, histórica, acompanhadas dos vários movimentos que aconteceram neste período (movimento litúrgico, patrístico, bíblico ecumênico, catequético, missionário) prepararam a Igreja para o advento do Concílio Vaticano II. (Lima, 2023, p.170)
A consciência teológica da Revelação do Concílio de que Deus se revela a si mesmo e os homens, por meio de Cristo, tornam-se participantes da natureza divina (Dei verbum, #1) tem consequência profunda na catequese, que deve comunicar Deus mesmo e não apenas ensinar doutrinas. A Constituição dogmática Dei verbum recoloca a palavra de Deus no centro do processo pastoral e a catequese tem sua fonte principal na palavra de Deus, portanto se inspira na pedagogia divina que se revelou por palavras e acontecimentos (DV, #2). A Constituição dogmática Lumen gentium nos traz a visão de uma Igreja ‘sacramento da salvação’ e comunidade do povo de Deus, renova o lugar da catequese que é também iniciação à comunidade cristã; a catequese é uma atividade eclesial (Lima, 2016, p. 87). A Constituição pastoral Gaudium et spes estabelece um diálogo da igreja com o mundo moderno, convidando a catequese a uma ligação entre fé e cultura, numa dimensão do serviço (diaconia) (Lima, 2016, p. 87). A Constituição Sacrossanctum Concilium inspira o restabelecimento da antiga união entre liturgia e catequese, e orienta ao resgate do catecumenato (Lima, 2016, p. 88). A catequese revisará seu conteúdo, sua pedagogia, metodologia, sua ação catequética. Essa renovação ganhou novos contornos no pós-concílio, inserindo a catequese na dimensão evangelizadora. Nesse contexto, o documento Catequese Renovada da Igreja do Brasil (CNBB, 1983) expressa em sua teologia a ação libertadora da catequese para a pessoa humana, essa ação se coaduna com a relação entre revelação e catequese numa ‘pedagogia’ da autocomunicação de Deus aos homens. O magistério de Francisco aprofunda essa pedagogia, pois uma catequese querigmática anuncia Cristo, que é a libertação para todas as angústias humanas: libertação no sentido salvífico como libertação integral da pessoa humana. Discutiremos esse tema em quatro tópicos: no primeiro, trataremos da revelação cristã; no segundo, trataremos das intuições teológicas do documento Catequese Renovada; no terceiro e quarto tópicos destacaremos as perspectivas e desafios para a catequese a partir dessa revelação e os caminhos de uma catequese mais criativa e dialogal em um mundo contemporâneo.
Em uma das mais belas passagens do Antigo Testamento, somos impactados por um Deus que vê a miséria do povo, ouve seu grito e desce para os libertar: “Eu vi, vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi seu grito por causa dos seus opressores; pois eu conheço as suas angústias. Por isso desci a fim de libertá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir desta terra para uma terra boa e vasta, terra que mana leite e mel...” (Ex 3:7-8). Essa passagem ilustra uma ação característica de Deus: vir ao encontro dos seres humanos para salvá-los.
A salvação implica uma condição de paz e felicidade, de realização plena do ser humano em todas as usas dimensões e também “como resposta ou solução de certo chamado da criatura humana, quer para a libertação de alguns elementos negativos da existência e da história, quer para a conquista de algo mais...” (Salvati, 1998, p. 816). No Antigo Testamento o conceito de salvação, que em grego se traduz ‘soter’ significa fundamentalmente “ajuda, felicidade, bem-estar, libertação, vitória, doação por Deus em favor dos homens” (Salvati, 1998, p. 817).No Novo Testamento, a comunidade cristã anuncia e testemunha que Cristo é o único salvador (Salvati, 1998, p. 817). Compreendemos a libertação da pessoa humana a partir desse sentido judaico-cristão de salvação: a libertação integral da pessoa humana, o homem libertado da escravidão do mal e do pecado (Liberatis conscientia, # 23). Não temos como discutir aqui o sentido tão complexo de mal e pecado, consideramos o mal num sentido abrangente conforme trata Rubio: “É o mal objetivo (presente nas estruturas humanas), causa do sofrimento vivido subjetivamente pelas pessoas concretas; o mal experimentado subjetivamente como sofrimento sob as mais variadas formas; e o mal como pecado, abuso da liberdade” (Rubio, 2001, #604). Assim, todas as formas e ações que contrariam os princípios de vida, que obscurecem o sentido de vida, afastam o ser humano da salvação, da libertação. A Revelação cristã expressa um relacionamento com um Deus que deseja salvar, libertar os seres humanos de todas essas formas desviantes de um caminho pleno e integral.
A história da salvação é a história de um Deus que vem à humanidade porque escuta seu clamor, sua aflição e se oferece para salvar, libertar. Deus vem a nós para nos libertar das angústias e opressões e utiliza pessoas e acontecimentos para realizar seu desejo. A história de Israel é uma história de salvação que tem seu cume em Jesus Cristo (Libanio, 2015, p. 311).
Podemos afirmar que o Concílio Vaticano II recupera a noção bíblica da revelação cristã impulsionando modificações na catequese. A Constituição Dogmática Dei verbum distingue-se dos outros documentos conciliares a partir das duas palavras que a caracterizam: Deus fala, “o Deus vivo , falou à humanidade” (Latourelle, 1972, p. 369). O sentido de revelação liga se à palavra de Deus, pois revelação significa sair do oculto, mostrar-se: “Deus sai de seu mistério, dirige-se à humanidade para manifestar os segredos de sua vida divina e comunicar-lhe seu desígnio de salvação” (Latourelle, 1972, p. 369). O caminho revelador se inicia no Antigo Testamento, quando Deus vem se mostrando aos homens por meio dos seus enviados, profetas, homens e mulheres que se abriram à voz de Deus. Em Cristo a voz de Deus se faz ouvir e ver para todos. Assim, “essa palavra de Deus dirigida uma vez por todas, perdura através dos séculos, sempre viva e atual, pela Tradição e pela Escritura” (Latourelle, 1972, p. 369).
“Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar se a si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade (cf. Ef 1:9), mediante o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Espírito Santo no Pai e se tornam participantes da natureza divina (Ef 2:18; 2Pd 1:4).” (DV, #I,2) A revelação é fruto da graça de Deus, de sua infinita bondade, aparece antes da sabedoria, e o objeto da revelação é Deus mesmo, sua própria pessoa. Deus dá a conhecer o mistério da sua vontade, ou seja, o seu projeto oculto e agora revelado, seu desígnio salvífico. No centro do mistério encontra-se Cristo, o único mediador, Verbo encarnado, o princípio, por meio do qual se revela a Trindade e possibilita aos homens a participação na vida divina. Deus fala, conversa com os homens, convida a participar dessa vida de comunhão e Deus fala na história, se revela “por meio de ações e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal maneira que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e corroboram a doutrina e as realidades significadas pelas palavras, enquanto as palavras declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido” (DV, #I,2).
Nosso Deus é um Deus da palavra, que rompe as distâncias e comunica-se conosco desde Abraão a Moisés, aos profetas, ao povo e, nos últimos tempos, falou plenamente por seu Filho: “A revelação que procede do amor, que realizar uma obra de amor: que introduzir o homem nessa sociedade de amor que é a Trindade” (Latourelle, 1972, p. 373). A revelação é dom de Deus, obra da Trindade, em perspectiva histórica, tendo Cristo como o ponto central e de referência. A revelação cristã expressa um acontecimento e um mistério: Jesus Cristo é uma presença de vida transformadora no tempo e espaço e, simultaneamente, um mistério a ser desvendado. Enquanto presença transformadora, ele impactou os homens do seu tempo, instaurando um modo de ser que iluminou e rompeu fronteiras com a sua pregação e sua ação, libertando-os de seus males (Lc 4:16-21).
Aqueles que conviveram com Ele e viram testemunharam com a vida para continuar a missão instaurada por Ele. Instaurar o reino de Deus na terra era a missão proclamada e vivida por Jesus. Esse projeto veio do Pai e Jesus o realiza na dinâmica do Espírito Santo. Essa ação do Pai, do Filho e do Espírito revela um trabalho divino conjunto, que pode ser realizado com perfeição porque o Pai, o Filho e o Espírito têm a mesma natureza divina: em Cristo se expressa o rosto do Pai, em Cristo se torna visível a natureza de Deus, em Cristo se torna visível o atuar de Deus. E é o Espírito Santo que nos fornece a sabedoria para compreender e perceber toda essa ação. Essa forma de atuar em comunhão divina se torna o modelo, a marca da sua Igreja. A comunhão divina revela a maravilha de um Deus que não está só, mas que vive numa relação amorosa, de voltar-se para o Filho que se volta para o Pai no amor do Espírito.
A revelação se completa com Jesus Cristo (DV, #4), “porém o seu conteúdo precisa ser constantemente explicitado, para que o anúncio do Evangelho permaneça eloquente aos homens de todos os tempos” (Ribeiro, 2006, p. 64). Cabe à Tradição a tarefa de transmitir o conteúdo da revelação, o Evangelho de Cristo através dos tempos. No entanto, “a Igreja só pode ir transmitindo de maneira viva a palavra de Deus se a interpreta na fé, na acolhida humilde, para si e para os outros em cada momento história” (Libanio, 2015, p. 17).
O Concílio apresenta uma bela visão da Tradição, que remonta a Cristo, passando pelos apóstolos, escritura, magistério, vida da igreja. À Tradição compete transmitir o evangelho não numa repetição, mas em uma veiculação, uma passagem que vai transformando vidas. A Tradição preserva, não fossiliza, guarda, transmite a fé porque a palavra de Deus está presente pelo Espírito Santo: “Uma tradição viva só existe quando apropriada (algo dado) por novos sujeitos sob a presença iluminadora do Espírito (sempre em construção). Além disso, iluminada por essa revelação, a Igreja sabe que seu Deus está atuando reveladora e salvificamente para além dos seus limites, em todos os tempos e em toda a humanidade” (Libanio, 2015, p. 17).
O documento Catequese Renovada, da Igreja do Brasil (CNBB, 1983), apresenta orientações à catequese em resposta aos apelos do papa João Paulo II, quando da sua vinda ao Brasil em 1980: “ O documento Catequese Renovada veio à luz sob o influxo do Sínodo de 1977, de Puebla e do estímulo de São João Paulo II, tanto em sua exortação apostólica Catechesi Tradendae como através de vários pronunciamentos e encontros com o Episcopado brasileiro por ocasião de sua visita ao Brasil em 1980” (Lima, 2023, p. 523). Apesar de estarmos em um novo momento histórico e de muitos documentos posteriores da Igreja do Brasil sobre a catequese, o documento Catequese Renovada apontou princípios teológicos que consideramos inspiradores para pensarmos ainda atualmente a catequese. Dividido em quatro partes, sendo que na primeira, trata da história da catequese relacionada com a história da Igreja; na segunda parte propõe princípios para uma catequese renovada; na terceira parte expõe os temas fundamentais para uma catequese renovada e na última parte trata da comunidade catequizadora. Ao tratar dos princípios para uma catequese renovada, o documento apresenta a relação entre revelação e catequese a partir da Dei verbum, expondo alguns aspectos da comunicação que se realiza entre Deus e o homem: “o que Deus quer comunicar, a quem se dirige, que obstáculos encontra” (Catequese Renovada, 1983, #36). Essa ação de Deus, com esses aspectos, demonstra uma pedagogia de Deus inserida na história da revelação que tem a plenitude em Jesus Cristo, e continua a se comunicar pelo Espírito Santo.
A catequese como ação educativa da fé tem a primordial tarefa de ser transmissora da revelação de Deus em Jesus Cristo, e, por isso, deve estar enxertada nas inquietações humanas, pois Deus quer comunicar ele mesmo aos seres humanos na história em meio a todos os desafios que se apresentam, assim o documento afirma que há uma “unidade profunda entre as aspirações do homem e o plano de Deus” (CR, #69). Dessa forma a catequese ao apresentar sua mensagem “deve manifestar a unidade do plano de Deus. Sem cair em confusões ou em identificações simplistas, deve se manifestar sempre a unidade profunda que existe entre o projeto salvífico de Deus realizado em Cristo e as aspirações do homem; (...) excluindo assim toda dicotomia ou dualismo não cristão, a catequese prepara a realização progressiva do povo de Deus” (CR, #70). Assim como Cristo assumiu nossas dores e a Igreja, seguindo seus passos, assume as angústias e esperanças do homem em todos os tempos, “a Catequese atual deve assumir totalmente as angústias e esperanças do homem de hoje para oferecer-lhe as possibilidades de uma libertação plena, as riquezas de uma salvação integral em Cristo, o Senhor” (CR, #73).
A catequese deve estar atenta aos sinais dos tempos para compreender, ouvir, conhecer as angústias humanas a fim de poder oferecer a Boa Nova do Reino como um bem à humanidade. A maneira de conceber e praticar a catequese está relacionada não só às circunstâncias históricas, mas também e, especialmente, ao modo de se pensar a relação com a revelação. A catequese tem como preocupação primeira fidelidade ao Deus que se revela e, por isso, deve levar “a força do Evangelho ao coração da cultura e das culturas” (Catechesi tradendae, #53). Ao mesmo tempo deve ser fiel ao homem porque as preocupações do homem estão no coração de Deus: “Cristo ilumina o mistério do Homem; a Igreja só se entende como caminho da realização do Homem em Cristo. Não há fidelidade a um, sem fidelidade aos outros” (CR, #80). Amar a Deus e amar ao próximo; não se pode amar a Deus e ser indiferente ao próximo.
O documento Catequese Renovada destacará a comunidade como espaço para o desenvolvimento pleno da atividade catequética. É na permanência na comunidade que o processo educativo se desenvolve e pode conduzir a uma libertação integral. Uma catequese como ação libertadora é anunciadora da Palavra: “no centro da catequese encontramos essencialmente uma pessoa: a pessoa de Jesus de Nazaré filho único do Pai, cheio de graça e verdade, que sofreu e morreu por nós, e agora, ressuscitado vive conosco para sempre.” (CT, #I,5) O documento Catequese Renovada traz como orientação de temas fundamentais para a catequese, no eixo comunhão-participação, a centralidade em Cristo, sua práxis, sua vida, seu mistério pascal: “E após tratar do significado do Antigo e Novo Testamento e da relação que há entre eles, enuncia um princípio essencial da visão que o Documento tem da educação da fé numa perspectiva bem existencial, experiencial e histórica, colocando-a em relação com Tradição e Magistério” (Lima, 2023, p. 441). A bíblia deve ser lida no contexto da vida presente, porém fiel à Tradição, ao magistério, ao que foi transmitido. O documento orienta uma integração entre a fé e a vida a fim de superar dualidades. Segundo Lima, a década de 1980, no Brasil, foi “primavera bíblica,” com os círculos bíblicos e a importância da pastoral bíblico-catequética: a bíblia foi resgatada para o centro da vida cristã e para o centro da catequese (Lima, 2023, p. 443). Integração entre Palavra-Escritura-Tradição-Magistério-vida. Esses elementos configuram as inspirações legadas pelo documento Catequese Renovada e não podemos deixar de perceber a ligação com o magistério de Francisco ao destacar a catequese querigmática.
O anúncio do querigma no magistério de Francisco ganhará uma importância fulcral, convocando a catequese a um aprofundamento mais querigmático numa íntima relação entre catequese e evangelização (Evangelii gaudium, #163-165). A catequese querigmática em inspiração catecumenal, a serviço da iniciação à vida cristã, desenvolve-se em etapas, de maneira processual, porém o querigma não está apenas no início e a mistagogia não está apenas no fim. O querigma percorre todo o processo catequético, pois é apresentando Jesus às pessoas, é conhecendo as ações, os gestos, as palavras, o significado de sua vida, e o que ela diz a nós hoje, é que poderemos tocar as pessoas, ajudá-las a ressignificar o sentido de suas vidas e ajudá-las a abrir-se ao novo que o espírito oferece: a libertação das angústias, dos medos, dos obstáculos que afastam o sentido da vida (Diretório para a Catequese, #57-59)
A catequese então não pode se limitar a uma ação apenas expositiva, como se estivesse simplesmente numa sala de aula, toda ação catequética deve estar centrada na palavra de Deus, por conseguinte, a Sagrada Escritura é luz básica da ação catequética. A catequese deve estar atenta aos interlocutores a fim de ir encarnando o evangelho na vida das pessoas. A orientação mistagógica deve permear o processo para conduzir os catequizandos à dimensão orante da presença de Deus. A catequese inicia e acompanha a fé e, nesse processo, a formação permanente é fundamental para o amadurecimento da fé na comunidade, é o permanecer no amor de Cristo em comunhão (DC 2020, #65).
Como uma realidade complexa, a catequese é uma ação que envolve toda a comunidade e a paróquia deveria ser uma grande casa catequética a fim de acolher e conduzir os filhos da fé: “A Igreja no Brasil, em sua ação evangelizadora, assume o compromisso de formar comunidades que vivam como Casa da palavra, do Pão, da Caridade da Ação Missionária” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora do Brasil, 2019-2023).
Daí que é no seio da comunidade que nasce o catequista e ela é um espaço principal em todo o processo: “A formação é um processo permanente que, sob a guia do Espírito e no seio vivo da comunidade cristã, ajuda os batizados a tomar forma, ou seja, a revelar sua identidade mais profunda que é a de filhos de Deus em relação de profunda comunhão com os irmãos” (DC 2020, #131). Na formação dos catequistas é imprescindível o testemunho, que sustenta sua vida, e é chave para a evangelização, é vida cristã em exercício que atrai a outros. O catequista possui um saber que se desdobra em sabor, pois ensina e aprende numa vivência de amor transbordante, é um serviço, é uma vocação que atende ao chamado de Deus.
O modelo de catequese querigmático-mistagógica missionária que estamos construindo é por si mesma libertadora, pois é uma ação educativa que leva a um encontro com a Pessoa de Jesus Cristo.
Será possível hoje falar de salvação, de ressurreição, de pecado? A mensagem cristã ainda pode ser transmitida, ouvida, acolhida num mundo tão complexo, tão individualista, tão urbano, tão tecnológico? Parece que sim, pois contrariando os prognósticos, a busca por um sentido de vida continua a impactar o humano, a pluralidade religiosa e as chamadas espiritualidades continuam a nos desafiar. A presença da religião e de uma religiosidade no mundo contemporâneo podem significar, dentre outras coisas, que a religião é um caminho para a libertação humana. A ação libertadora da fé cristã significa um caminho de salvação integral da pessoa a partir do caminho apontado por Jesus Cristo, pois um dos principais erros advindos da era moderna é pensar que apenas “os progressos realizados no campo das ciências, da técnica e da economia, deveriam servir de fundamento para a conquista da liberdade” (Liberatis conscientia, # 21) . A libertação humana implica o pleno desenvolvimento de ações nos campos político-econômico-sociais, porém se não estiverem fundamentados na prática da caridade e da misericórdia cristã serão como castelos construídos na areia. A revelação cristã nos descortina um Deus que por amor doou sua vida a nós e ao Pai, esse movimento de amor é o movimento de caminho para a vida plena humana.
A revelação cristã continua a nos interpelar e a catequese deve ser hoje espaço da interpelação de Deus, o espaço no qual Deus fala, um espaço sobretudo profético: “A catequese se apresenta como lugar privilegiado no qual o anúncio da fé se conjuga com a existência concreta de adultos, jovens, adolescentes e crianças, fazendo com que as opções iniciais de fé sejam conduzidas a maturidade expressa na unidade essencial entre crença e existência” (Moraes, 2022, p. 23).
A palavra de Deus é força transformadora, que impele aqueles que a acolheram, a agir, a continuar e a transformar. É palavra que move. A catequese é um instrumento de mediação porque é um processo de transmissão da fé revelada. Transmite porque guarda o que recebeu da tradição e do magistério. Transmitir na catequese não é simplesmente repetir um passado, é transcender, é tornar o passado presente a partir do futuro. Isso porque a revelação é viva, é atualizada pelo magistério
Será possível hoje falar de salvação, de libertação, de ressurreição, de pecado? A mensagem cristã ainda pode ser transmitida, ouvida, acolhida num mundo tão complexo, tão individualista, tão urbano, tão tecnológico? Parece que sim, pois contrariando os prognósticos, a busca por um sentido de vida continua a impactar o humano, a pluralidade religiosa e as chamadas espiritualidades continuam a nos desafiar, o ser humano está aberto a Deus:
Há “um desejo de Deus” em cada pessoa humana, enquanto orientação natural do humano a Deus. O “desejo de Deus” revela que há uma aspiração no espírito humano, experimentável sob a forma de tendência à felicidade e à contemplação da verdade. Tal aspiração não é um aspecto particular do ser humano, mas a situação fundamental da existência humana, que aponta sempre para além da situação histórica do ser humano, como um movimento aberto ao futuro. (Moraes, 2022, p. 25)
Olhar para o presente, buscando compreender os novos caminhos humanos, os novos tempos, as mudanças culturais, as novas linguagens a fim de transmitir o Evangelho parece ser uma das principais tarefas da pastoral hoje. Dessa forma, gostaríamos de elencar alguns desafios que se apresentam à catequese atualmente, a começar pelo entendimento da importância do querigma. A catequese hoje tem como tarefa primordial anunciar Jesus Cristo, fonte da libertação humana, para tal é necessário que os catequistas tenham uma formação que lhes permita realizar tal anúncio, mais que formação intelectiva, que tenham uma imagem do Deus cristão revelado numa visão integradora (Cruz, 2024, p. 78). Que Cristo estamos anunciando? Será que anunciamos o Deus amor, perdão, misericórdia, que sofreu e sofre conosco todos os dias e também alegra-se conosco todos os dias? Ou anunciamos um Deus distante que castiga, que pune? Ou um Deus da prosperidade, esquecendo da cruz?
Outro desafio grande desafio é buscar compreender os sacramentos da iniciação como início da vida cristã e não como terminação da vida cristã; recolocar a eucaristia no centro da vida cristã, ou seja, permanecer na comunidade. Para isso é preciso que a comunidade se compreenda como uma grande casa catequética, que acompanha o crescimento da fé de seus filhos gerados no batismo. A responsabilidade catequética não é apenas de um grupo, mas de toda comunidade. Há necessidade de uma preocupação com a catequese permanente, conforme os antigos entendiam, que o cristão é sempre um neófito, pois sempre está mergulhando na fé. Assim, não só a formação para catequistas e agentes de pastorais é urgente, mas também o tipo de formação que deve tocar o coração, que leve à conversão e à reconversão.
Temos outro grande desafio: compreender o digital, o mundo das redes sociais, da internet como uma ferramenta para evangelizar. A catequese não pode dar as costas para a linguagem digital. Além disso, outros contextos exigem atenção como o pluralismo religioso, a forma de vida urbana. A catequese precisa dialogar com esses contextos.
Diante disso, a catequese tem a tarefa de atenta aos tempos presentes, anunciar, ensinar, transmitir o tesouro revelado. A catequese possui como elementos de ação a palavra escrita, a Sagrada Escritura; a palavra celebrada, a liturgia; a palavra testemunhada, a vida comunitária e existencial. Daí ser a catequese hoje querigmática e mistagógica. Uma catequese querigmática e mistagógica indica o movimento que será percorrido no fazer catequético. O querigma é a linha condutora: o amor de Jesus Cristo que é a imagem do amor de Deus pela humanidade. É preciso que os homens encontrem esse amor, a catequese é o meio de condução a esse encontro transformador e libertador. A grande revelação que Jesus Cristo trouxe ao mundo é que Deus é amor e vive nesse amor expresso numa comunhão trinitária. A revelação cristã expõe essa amorosidade divina e nos indica o caminho de salvação: que possamos expressar entre nós esse amor no cuidado com o próximo, conosco e com o mundo criado. A pedagogia catequética se move, se direciona, se constitui e se alimenta desse anúncio, que é mistério. O mistério de amar acima de tudo. Esse amor que leva a perdoar, a celebrar, a profetizar (no sentido bíblico da palavra), a buscar uma existência digna, justa, caridosa, esperançosa e, assim, liberta, salva.
A palavra reveladora imprime a catequese a pautar se, a centrar se na sagrada escritura e na palavra celebrada, na liturgia, nos sacramentos. Conhecer a escritura é penetrar no universo orante, é olhar para Jesus Cristo num movimento que se volta para o Pai e para o próximo impelido pelo Espírito. A ação de Jesus é uma ação conjunta.
O cuidado humanitário amoroso de Jesus deve ser objeto constante de reflexão, de meditação, de ensinamento catequético. Em tempos tão duros e violentos, em um mundo desagregador, a vivência comunitária amorosa de Jesus estimula mudança de atitudes. A catequese em todas as suas etapas e processos de ensinamento precisa deixar-se conduzir pela presença amorosa de Jesus e precisa conduzir seus catequizandos/catecúmenos a essa presença amorosa em suas vidas. A revelação precisa se encarnar na existência de cada catequizando/catecúmeno e na existência do catequista. A catequese, o fazer catequético com sabedoria, leva o catequista também há um crescimento na fé, numa experiência dialogante. A palavra de Deus conduz ao diálogo, há uma transformação na relação catequista-catequizando, no encontro com o outro, num processo de conhecimento do outro. É a escuta da voz do espírito. A catequese se torna assim espaço dialógico humano no qual o escutar a angústia, a dor, a Alegria do outro é um processo de caminho para encontrar o amor de Deus.
Uma catequese nos moldes tradicionais simplesmente pode não produzir os frutos desejados pela Igreja na Nova Evangelização. O terceiro milênio exige práticas, metodologias, linguagens mais dialógicas, criativas, sensibilizantes, para que se possa atingir a tarefa central da Igreja, que é evangelizar, formar discípulos missionários. Desde o final do século XIX, que o movimento catequético já sentia necessidade de uma renovação na catequese. Essas mudanças foram se aprofundando e hoje a catequese, conforme o Diretório de 2020 explicita, se encontra em íntima relação com a evangelização, é uma catequese missionária a serviço da Iniciação à vida cristã e precisa renovar suas práticas: uma catequese experiencial menos expositiva, mais dialogal, criativa, narrativa, amorosa, preocupada com a pessoa que está a sua frente, comunitária. Esse agir é pautado na pedagogia de Jesus e não somente em livros escolares, catequese não é escola, catequese é espaço de encontro com o Deus vivo, espaço de comunhão, de vivência fraterna. É evidente que esse novo modelo de catequese encontra-se em construção, ainda vivemos uma catequese escolar, com turmas repletas de crianças, adolescentes, o catequista expondo o conteúdo, seguindo o livro da catequese. No entanto, temos mudanças, pois a catequese se reveste como encontro, há muitas atividades criativas para crianças e jovens, além da catequese de adultos com sua linguagem própria.
O Diretório para a Catequese é a expressão de uma catequese em íntima junção com a evangelização: “a estreita relação entre evangelização e catequese torna-se a peculiaridade deste Diretório. Ele tenciona propor um percurso em que o anúncio do querigma e o seu amadurecimento estão intimamente unidos” (DC 2020, #Apresentação). No cerne do processo catequético está o encontro com Cristo vivo, o que leva a um envolvimento do ser integral da pessoa humana: “Não diz respeito somente à mente, mas também ao corpo e sobretudo ao coração” (DC 2020, #76). A catequese hoje se inspira em uma pedagogia de Jesus, o que renova suas atividades que devem seguir essa pedagogia, que transcende a pedagogia tradicional: conduzir à consciência da fé, iniciar à celebração do mistério, formar a vida em Cristo, ensinar a rezar, introduzir à vida comunitária. (DC 2020, #79-85) Essas atitudes que devem ser desenvolvidas pela catequese amplia o seu espaço de atuação, que não pode ser apenas exposição de doutrinas, de conteúdos, existe uma ação mais experiencial, dialógica. A pedagogia catequética deve se inspirar nas ações de Deus, unindo conteúdo e método:
o princípio de evangelizar educando e educar evangelizando recorda, entre outras coisas, que a obra do catequista consiste em encontrar e mostrar os sinais da ação de Deus já presentes na vida das pessoas e, sem abrir mão deles, propor o evangelho como força transformadora de toda a existência a qual dará pleno sentido” (DC 2020, #179).
A catequese como ação educativa da fé a serviço da Igreja, da Palavra e da iniciação à vida cristã se encontra numa dimensão missionária libertadora, entendendo-se libertadora no sentido soteriológico, de libertar da escravidão à morte (LN, #23), de todas as práticas que depõem contra a vida plena, de uma maneira integral; pois o encontro com Cristo Jesus liberta e é nesse sentido que compreendemos a catequese como ação libertadora que se desenvolve numa pedagogia divina, num modelo mais dialogal, criativo, narrativo, amoroso e cuidadoso, no sentido de cuidar, curar as pessoas. É preciso, pois, transcender a um modelo escolar expositivo e a uma ação individual para uma ação comunitária mistagógica.
Fizemos um percurso em quatro tópicos no qual pretendemos demonstrar um aspecto importante da catequese em linha com a revelação cristã: a ação missionária libertadora. O documento Catequese Renovada da Igreja do Brasil , 1983, apresenta princípios teológicos inspiradores para a catequese, destacando como ela necessita renovar seu agir, tornando-se próxima do humano como Jesus foi. A proximidade amorosa revelada em Cristo é a dinâmica movente da catequese porque é a dinâmica do nosso Deus, que age por amor para salvar e libertar.
A catequese não é um espaço no qual apenas se explica doutrinas, mas um espaço de conversa, de uma atenta escuta e fala, num processo organizado em etapas, aprofundando o anúncio da Pessoa Cristo. A catequese também ensina os conteúdos da fé porque é preciso conhecer aquilo em que se crê; porém o espaço da catequese também é espaço para se aprender a rezar, para conhecer as histórias de Deus, para relatar as suas angústias e dúvidas, numa ‘pedagogia’ de Deus: a catequese comunica Deus na ação do Espírito que abre os corações do catequizando/catecúmeno e a sensibilidade do catequista, condutor do processo. Assim, a revelação cristã nos traz a pessoalidade de Deus. O encontro se dá na relação que se estabelece a partir da escuta e da fala, impulsionados pela leitura da palavra de Deus, pelos sentidos estimulados no simbólico da celebração, pelo testemunho e experiência de vida de cada um.
É possível anunciar a mensagem cristã ao mundo atual porque corremos o risco de nos fecharmos em nosso mundo virtual, corremos o risco de vivermos um afastamento, de nos relacionarmos, prioritariamente, por zaps e plataformas digitais. A revelação cristã nos coloca diante de nós mesmos, rosto a rosto, essa é a mais plena libertação humana, conhecer seus limites e pautar o agir na caridade, no amor, na fraternidade, posicionando a vida acima de tudo, de qualquer teoria ou outros valores. Não precisamos voltar atrás, precisamos ressignificar a forma de viver sem esquecer ou deixar de lado o mais próprio de nós: a nossa humanidade tão amada e querida por Deus. É preciso, pois, redescobrir o Deus anunciado por e em Jesus Cristo.
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